Quando o Governo do Amapá afirma que saúde é prioridade imediata, os resultados mostram que essa não é apenas uma promessa, mas uma realidade em curso. A transformação na rede pública estadual é sentida na ponta, especialmente no Hospital de Emergência (HE) de Macapá, que se tornou símbolo da capacidade técnica e da dedicação das equipes médicas e de enfermagem. Em setembro, o centro cirúrgico da unidade alcançou uma marca histórica: 519 cirurgias em um único mês.
De janeiro até 6 de outubro de 2025, o HE realizou 4.618 cirurgias em diversas especialidades, com destaque para a ortopedia, que lidera o ranking com 2.596 procedimentos, e as cirurgias gerais, que somam 1.260. Esses números revelam não apenas eficiência, mas também um esforço constante para garantir que o atendimento chegue a quem mais precisa, com qualidade e agilidade.
Os números de setembro superam até mesmo julho — tradicionalmente o período de maior demanda por conta das férias escolares. O mês também registrou um recorde diário, com 25 cirurgias realizadas em um só dia. Para o coordenador do Centro Cirúrgico do HE, o cirurgião-ortopedista Isnard Júnior, o bom desempenho é fruto de uma forte mobilização movida pelo compromisso e sensibilidade.
“Nosso time tem trabalhado com afinco para dar vazão à demanda que ainda é grande, mas que vem diminuindo na mesma proporção em que os investimentos do Governo do Estado fortalecem nossa estrutura. O resultado é reflexo da dedicação de cada profissional que veste a camisa do hospital e entende que, por trás de cada cirurgia, há uma vida em espera”, destacou o médico.
A ortopedia continua sendo a área com maior volume de procedimentos — o que, segundo Isnard, tem uma causa lamentável: o aumento dos traumas provocados por acidentes de trânsito. Apenas nos primeiros dias de outubro, 55 cirurgias ortopédicas já foram contabilizadas.
“É um tipo de cirurgia que cresce em períodos festivos, quando o número de acidentes tende a aumentar, mas temos conseguido responder a essa demanda com agilidade e resolutividade”, acrescentou o coordenador.
A responsável técnica do centro cirúrgico, enfermeira Juliana Araújo, também reconhece o impacto dos períodos festivos no volume de atendimentos. Em setembro e outubro, o aumento de casos coincidiu com grandes eventos no estado, como a Expofeira, o Festival do Abacaxi, em Porto Grande, realizado entre os dias 3 e 5 deste mês; e as celebrações de verão.
“Quando há muitas festas, infelizmente, cresce o número de acidentados, vítimas de brigas e ferimentos graves. Como o HE é referência e porta de entrada para casos de urgência e emergência, nosso fluxo aumenta significativamente”, explicou Juliana.
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